Como tratar a artrose: confira nossas dicas e conheça os sintomas

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As doenças articulares representam um grupo de patologias com efeitos que podem impactar o dia a dia. Isso se deve pelo fato de que elas podem tanto causar perda funcional, como também afetar diretamente a realização de atividades cotidianas.

A artrose, também conhecida como osteoartrite ou osteoartrose, representa uma das condições mais prevalentes. Segundo estudos, mais de 2 milhões de brasileiros têm artrose. A condição é um dos problemas de saúde que mais afasta trabalhadores de suas atividades, estando atrás apenas das dores nas costas e da depressão.

Diante disso, fica o grande questionamento: como tratar a artrose? Podemos adiantar que as condutas mais efetivas são mais associadas com a prevenção. Esta é a boa notícia. Pode ter controle. Então, continue a leitura e saiba o porquê!

Entenda o que é artrose

Antes de tudo, é preciso saber que a artrose trata-se de um fenômeno absolutamente natural – o desgaste da cartilagem que reveste nossas articulações – que faz parte do envelhecimento global do organismo humano, como as rugas ou as chamadas manchas senis em nossas mãos. Quando se trata de articulação estamos falando de uma estrutura localizada, de forma geral, entre os ossos. Sua função é reduzir o atrito gerado por eles diante da realização de movimentos.

Consequentemente, a artrose tem como principal característica o desgaste da cartilagem que reveste nossas articulações ou juntas. Isso faz parte do envelhecimento orgânico dos seres humanos, porém pode danificar outros componentes articulares como:

  • os ligamentos;
  • a membrana sinovial;
  • e o líquido sinovial.

De maneira mais precisa, o que se observa é a morte dos condrócitos, que são as principais células que compõem estruturas cartilaginosas.

A cartilagem articular promove um deslizamento entre ossos livre de atritos. O grande responsável por isso é o chamado líquido sinovial. No caso em questão, tal líquido se encontra ausente ou diminuído..

Saiba quais são as principais causas

O comportamento degenerativo das articulações pode ser provocado por diversos fatores, sendo que cada um deles se associa a um tipo de artrose.

Artrose primária

Começando pela artrose primária, suas principais causas são:

  • uso excessivo de determinada articulação;
  • envelhecimento natural e biológico.

Em ambos os casos se observa uma exigência maior das articulações, seja pelo esforço repetitivo, seja pelo trabalho ao longo do tempo. Então, ocorre degeneração do líquido sinovial e também da cartilagem que o envolve.

Vale ressaltar que não é observado apenas a diminuição de tais estruturas. As lesões podem, ainda, proporcionar a calcificação de pontos específicos, formando osteófitos. O exemplo mais conhecido disso é o chamado bico de papagaio, na coluna vertebral.

Artrose secundária

Por outro lado, as causas de artrose secundária estão mais relacionadas com condições que a pessoa já apresenta, as quais seriam capazes de potencializar o risco de desenvolver artrose.

A obesidade é um desses fatores. A degeneração das articulações é uma consequência do maior impacto nas estruturas de sustentação devido ao excesso de peso, reduzindo a distância entre os ossos e aumentando o atrito.

​Fatores de risco

Por fim, para complementar as causas, vamos listar alguns fatores de risco, como: 

  • lesões nas articulações;
  • ferimentos que ocorrem na prática de esportes ou em acidentes;
  • doenças: diabetes, gota, dentre outras;
  • idade avançada: 85% da população com mais de 75 anos tem achados radiológicos sugestivos da condição;
  • sexo: acomete, principalmente, mulheres;
  • deformidades ósseas: prejudica o funcionamento adequado;
  • profissão: aquelas que exigem esforço repetitivo.

Descubra quais os principais sintomas

Antes de falarmos sobre os sintomas em si, é preciso ressaltar que alguns casos são assintomáticos, ou seja, não manifestam com a clínica característica, sendo então detectados apenas por meio de exames.

Contudo, os sintomas da artrose são dores nas articulações afetadas, especialmente ao final do dia, inchaço também pode ser observado, dificultando a realização de atividades práticas do dia a dia. Diante disso, existe certa limitação funcional, que impede a realização de atividades práticas do dia a dia.

Além da dor, outra característica importante é a rigidez das articulações, prejudicando o movimento que passa a ser acompanhado por rangidos. Vale ressaltar também que os sintomas são intermitentes, ou seja, se manifestam por um período e cessam por alguns momentos.

As partes do corpo que têm as articulações mais prejudicadas são:

Entenda como é feito o diagnóstico

O diagnóstico da doença é feito baseado nos sintomas apresentados e no resultado dos exames, sejam eles de imagem, sejam eles laboratoriais. Embora apresente manifestações bem características, é importante pensar nas hipóteses diferenciais e excluí-las, como no caso de artrite reumatoide.

Falando primeiro sobre os exames de imagem, a radiografia é essencial para esclarecer dúvidas. De fato, as partes cartilaginosas não são explícitas no raio x. Porém, a análise é feita com base na distância entre as extremidades ósseas. Como as cartilagens se degeneram na artrose, tal distância é menor que o habitual.

Existem exames mais detalhados, com melhor visualização das estruturas. A ressonância magnética, por exemplo, pode ser solicitada para esclarecer melhor o quadro, identificando com precisão o local acometido.

Agora, pensando nos exames laboratoriais, eles têm como finalidade analisar o líquido sinovial, sendo essencial para exclusão de artrite reumatoide, que apresenta outros aspectos de células e tecidos.

Saiba como tratar a artrose

Uma vez diagnosticada, o tratamento é feito para alívio dos sintomas, visto que não há cura para artrose. Por isso, existem opções de tratamento que ajudam bastante a reduzir a progressão da doença, fornecer uma melhora dos sintomas, ganhar força e mobilidade e permitir que o paciente possa viver uma vida ativa, normal e com qualidade, por meio de fisioterapia ou terapia ocupacional, fármacos ou até mesmo cirurgias (de modo que o objetivo não é curar a doença em si, mas sim melhorar o quadro clínico da articulação afetada).

Os analgésicos e os anti-inflamatórios são algumas das opções para tratamento medicamentoso. Porém, é preciso ter muita atenção com os efeitos colaterais, principalmente quando são pacientes idosos. Se o profissional de saúde julgar necessário, também podem ser prescritas injeções.

Complementando, vale a pena conhecer sobre o Método McKenzie. Por meio deste método, cujo o foco é no movimento, dando independência ao paciente, são adotadas posturas e orientados movimentos que auxiliam a aliviar os sintomas e restaurar as funções. Tudo isso contribui para prevenir a piora do quadro, sendo um aspecto fundamental, considerando que a artrose, quando não tratada, tem progressão degenerativa.

Por meio da avaliação do fisioterapeuta, é feita a classificação da patologia e assim elaborado o plano com as condutas focando nos objetivos do paciente e na sua queixa principal. Mais importante que isso é esclarecer para o paciente como realizar os exercícios e incentivar o autocuidado. Assim, mesmo sem intervenção de fármacos, é possível obter bons resultados.

​Aprenda a prevenir a condição

Diante do prejuízo funcional e do impacto que isso causa no dia a dia, a melhor opção não é esperar a manifestação da doença, mas sim prevenir a sua instalação.

Para isso, práticas como fisioterapia preventiva e hidroterapia auxiliam no fortalecimento dos músculos, os quais ajudam na sustentação do corpo, assim como as articulações e os ossos. Além disso, podem ser feitas orientações que mudam a maneira de realizar tarefas diárias, utilizando métodos que causem menor impacto negativo.

Concluímos que, enfim, conhecer como tratar a artrose é muito importante. Porém, é ainda mais essencial saber como prevenir a condição, realizando o acompanhamento adequado que incentive a prática do movimento orientado e do autocuidado. Assim, é possível evitar que o prejuízo funcional se instale e manter a possibilidade de praticar hábitos cotidianos sem limitações.

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