É comum que algumas pessoas que necessitam de terapia para a reabilitação de uma lesão ou tratamento de disfunções tenham dificuldade em se manter em movimento e de simpatizar com diversas formas de terapias. Se você se identifica com a descrição, saiba que a hidroterapia é uma ótima forma de unir o tratamento fisioterapêutico e a movimentação do corpo.
A hidroterapia é uma técnica terapêutica que auxilia na reabilitação de lesões e no tratamento de várias doenças crônicas. A imersão do corpo na água traz benefícios físicos — como o relaxamento, fortalecimento muscular, alívio da dor, redução de edemas e o próprio movimento — e emocionais, que, muitas vezes, são essenciais para o controle de inúmeras patologias.
Além do mais, ela tem poucas contraindicações e consegue oferecer benefícios únicos para o corpo, favorecendo o bem-estar físico e emocional. Tem interesse em saber mais sobre essa prática? Então, continue acompanhando este post!
8 patologias tratadas com o auxílio da hidroterapia
A fisioterapia aquática pode ser realizada utilizando diversos recursos específicos, com o uso ou não de aparelhos.
Dentre os métodos, existe o Bad Ragaz, que é baseado na Facilitação Neuromuscular Prorpioceptiva (FNP) e trabalha a movimentação do corpo e a recuperação funcional. Há também o Halliwick, que atua diretamente no controle do equilíbrio e da manutenção postural, atuando na possibilidade de se movimentar na água de maneiras que não se pode no solo, auxiliando no tratamento de problemas neurológicos. Além dessas, há a Watsu, que foca no relaxamento do corpo a partir da flutuação, muito indicada para pessoas com problemas emocionais.
A imersão e movimentação em meio aquático explora diversas propriedades da água que podem ser convertidas naturalmente em benefícios terapêuticos, como a pressão hidrostática, viscosidade, força de empuxo, tensão superficial e capacidade térmica.
Confira a seguir algumas condições e patologias que podem ter seu tratamento potencializado com o auxílio da hidroterapia!
1. Tendinite
A hidroterapia auxilia no tratamento da tendinite com o objetivo de aliviar a dor. Em geral, são trabalhados exercícios de fortalecimento e alongamentos. Desse modo, com a força do empuxo e da pressão exercidas enquanto o paciente se movimenta na água, a circulação sanguínea é mais ativada em determinadas áreas do corpo, oxigenando a região afetada e atuando na redução da dor.
Em alguns casos, o tratamento ocorre também com a variação da temperatura do meio, alternando para a água fria e quente, a fim de melhorar a circulação de retorno.
2. Lesões articulares
Na maioria das vezes, ao lesionar uma articulação é gerado um edema, um acúmulo de líquido que tem objetivo de proteção, mas que acaba promovendo também dificuldade na movimentação e dor na área atingida. Nesses casos, a terapia atua com a força de empuxo aliviando o sofrimento e estimulando a circulação sanguínea, de modo que o edema é diminuído sem que haja uma compressão sobre a junta.
Além disso, a pressão hidrostática é maior no fundo e a dinâmica dos exercícios realizados embaixo d’água faz com que todo o corpo seja pressionado, numa espécie de massagem nos gânglios linfáticos, o que facilita o retorno venoso e contribui para a drenagem do edema.
3. Problemas de coluna
Nos casos de hérnia, protusão e demais problemas de coluna, as atividades promovidas na fisioterapia aquática variam muito de acordo com a condição do paciente, pois dependendo do exercício a sensação de dor e desconforto podem aumentar.
Por isso, geralmente são usados os métodos de relaxamento e respiração. A profundidade da piscina, nesses casos, também é essencial para a redução da compressão, que ocorre devido aos efeitos da gravidade.
Para relaxar, o empuxo e temperatura da água, que costuma ser mais quente nessas situações, colaboram para a redução da ação gravitacional sobre as vértebras, enquanto os exercícios focados na respiração têm o objetivo de trabalhar a musculatura. Assim, a tensão muscular e o peso corporal são diminuídos, favorecendo também na redução da dor.
4. Pós-operatórios
Alguns profissionais também recomendam a hidroterapia como método inicial para tratamentos pós-operatórios, especialmente para cirurgias em áreas como o joelho, visto que ela mostra ser uma atividade segura e funcional. Como visto, a fisioterapia aquática auxilia na redução do edema e também no aumento do movimento. Dessa forma, por meio da flutuação, ela proporciona a diminuição do impacto articular e da sensibilidade da dor.
Além do mais, essa forma de terapia também auxilia na redução da ocorrência de espasmos dolorosos, visto que a viscosidade da água, junto à força de empuxo, são úteis para iniciar o treino de força muscular. Em casos como esses, são utilizados equipamentos, como os flutuadores, para aumentar gradativamente o grau de dificuldade dos exercícios.
5. Reumatismos
As disfunções reumatológicas normalmente causam muito sofrimento nos pacientes, principalmente ao realizar muitos movimentos. Com exercícios de alongamento e fortalecimento dentro da água, o relaxamento muscular é feito de forma mais confortável, promovendo também uma redução da sensação de dor. Assim, sua prática regular beneficia o paciente na prática de atividades do cotidiano.
6. Disfunções neurológicas
É visto também que a hidroterapia pode beneficiar muitos casos de disfunções neurológicas, como o Parkinson, AVC, ELA, lesão medular etc. A temperatura adequada no meio aquático favorece a regulação do tônus muscular, permitindo que o paciente realize movimentos que, na maioria das vezes, não consegue fora d’água, sem causar fadiga ou desconforto. Técnicas como o Bad Ragaz e o Halliwick, são as de escolha para a reabilitação, nesses casos.
7. Fibromialgia
A fibromialgia é uma síndrome que ainda não existe cura, embora o tratamento consiga ajudar. Essa doença causa muita dor e sensibilidade por todo o corpo, acarretando também doenças psicossomáticas, como a depressão e ansiedade, em muitos casos.
A hidroterapia é recomendada por alguns médicos para o alívio dos sintomas, buscando a diminuição da dor por meio da pressão hidrostática causada pela imersão e o relaxamento, tratando também o psicológico do paciente.
8. Osteoporose e artrite
A água, em temperaturas mais elevadas, consegue proporcionar uma sensação analgésica no paciente e, junto com a diminuição dos efeitos da gravidade durante a imersão, os movimentos em meio aquático conseguem trabalhar a flexibilidade muscular e coordenação motora, colaborando com o tratamento de problemas nas articulações e nos músculos.
Pessoas que apresentam casos de artrite, osteoporose, osteoartrose e condições semelhantes podem se beneficiar da prática da fisioterapia aquática, a fim de reduzir os efeitos dessas patologias no dia a dia.
Dessa forma, é possível perceber que as vantagens oferecidas pela hidroterapia são inúmeras e os seus resultados colaboram muito para a melhoria do quadro do paciente. Ela é contraindicada apenas para pessoas com problemas de pele, unha ou que apresentem alguma ferida aberta, uma vez que a água pode prejudicar a situação, além do risco de contaminação dos outros pacientes.
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